YayBlogger.com
BLOGGER TEMPLATES

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Impressiones

Nos últimos quatro dias fiz uma viagem que adoro: Buenos Aires. Quem me conhece já deve estar de saco cheio de me ouvir falar de lá, de quanto essa cidade é foda, do quanto as pessoas lá parecem curtir a vida adoidado, entre outros. Não sou uma pessoa muito viajada. Fora a capital argentina, conheço apenas o interior do RS, Santa Catarina e o Itaimbezinho (conta? Hahaha). Espero, depois de me formar, poder colocar a mochila nas costas e conhecer tudo o que tenho direito na Europa. Não como mera turista, nem pra apenas conhecer restaurantes, cafés e pontos turísticos (isso também, claro), mas pra viver o dia a dia da cidade, quem sabe trabalhar por lá. Absorver o máximo de ares diferentes destes daqui.

Mas voltando, fiquei hospedada em um hostel muito recomendado, pela segunda vez. O lugar é limpinho, fora o cheiro do quarto dos gringos que estavam hospedados em grupos de seis. Juro que o budum era forte. Eu e o Edu optamos por um quarto privativo, que apesar de limpinho e cheirosinho, tinha o pé direito baixo demais, sendo que eu por cinco centímetros não batia com a cabeça no teto ao tomar banho. Mas isso é detalhe.

Visitamos o Zoo de Palermo, onde vi um urso polar com a língua de fora de calor e um elefante a menos de três metros de mim. Fora os suricates fofos. Conhecemos o histórico cemitério da Recoleta, com jazigos datados dos anos 1700, com os caixões centenários à luz do dia e os gatos lindos adornando os túmulos. Um deles subiu no meu colo sem eu nem colocar pressão e momentos depois me mordeu. Muito amor. Demos também uma passadinha no Jardim Japonês, que cobra a entrada e não é lá grandes coisas (pensa no nosso aqui de Porto Alegre, mas maior e mais sem graça).

O ponto alto da viagem foi conhecermos a fundo as ruazinhas de Palermo à noitinha e na madruga, a pé. Construções lindas, pessoas diferentes, comida e cerveja boa. Um único porém é o atendimento dos "mozos" porteños, que pareciam não se preocupar muito em servir com agilidade. Esperamos bastante pra receber o menu, pra servirem a comida e pra receber a conta. Where to go: Bar Abierto (delícia), Antares, La Cabrera. Where no to go: Janio.

O show do Foo Fighters, objetivo maior da viagem, foi uma emoção e uma decepção ao mesmo tempo. Ver o Dave Grohl na tranquilidade, sem tumulto e empurra-empurra foi ótimo. Porém, o estádio estava com a lotação pela metade e NÃO ESTAVAM VENDENDO CERVEJA. Quilmes Rock sem cerveja não dá né? Então os hermanos estavam muito calmos, sob o efeito apenas de marijuana, o que não agitou muito o show. Minhas lembranças do AC/DC e do Slash foram quase traumáticas, com pessoas pisando nos meus pés durante as duas horas de show ininterruptamente, então eu esperava outra coisa.

Sempre que eu e o Edu voltamos de lá ficamos com essa sensação, de que tivemos uma provinha da cidade grande, onde tudo acontece, e voltamos pra província. Quem sabe viver lá seria muito diferente do que apenas viajar e ficar com o bem bom da viagem, mas é o sabor que fica. Gostinho de quero mais.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Atados (Postagem Temática)

A palavra laços para mim significa duas coisas ao mesmo tempo: realização e decepção. Entregar uma parte de nós para outra pessoa pode ser gratificante ou decepcionante. Talvez porque eu leve muito ao pé da letra os laços que por querer ou sem querer crio com alguém. Laço pra mim é coisa séria. Amizade, amor, compreensão mútua. Todas as coisas, muito fáceis de serem arranhadas ou destruídas. Tive laços que demorei anos para construir, e bastou uma palavra mal dita (admito, mais que uma), um pensamento errado, falta de maturidade, e pronto. O laço se desfez por completo, sem chances de reparação. Dizem que o que vale não são as pessoas, e sim os momentos, que faziam sentido naquele tempo, naqueles dias que você era mais jovem, e não hoje, com tantas opiniões mudadas e tanta bagagem incluída nas suas costas. Hoje não faz mais. E se continua fazendo, é porque é realmente muito especial. Ou talvez o laço esteja atado tão apertado que não é qualquer puxão que vai fazer desatar. A relação é mais sólida, mais estável.

Essa coisa de laços eu não entendo. Foram poucas as pessoas com quem atei laços nos últimos tempos. Aprendi a amarrá-los com menos intensidade e deixá-los frouxos para se irem, se eu ou a outra pessoa decidir seguir por outro caminho. Porque pra mim é difícil saber dosar. Ou somos amigos de verdade, ou não me convida pra ir no teu aniversário. Ou sei lá. Intensidade tá fora de moda né?

Deixo então os laços que interessam bem apertados e os que podem vir a interessar com um nó falso.

Esse post faz parte da Postagem Temática do blog Sintonizados, que ressurgiu das cinzas e nos dá algo muito bacana pra fazer nesse verão. É claro, pra quem não vai curtir uma praia. :D Tinha esquecida da sugestão. A minha é espera.